Invento o teu seio na memória
Sou cabeça sem corpo sem vida
E penso que inventei uma glória
Onde só havia a vontade vencida
Sou o desejo de algo que aconteceu
Sou a fome que não pode ser saciada
Sou o mito mais completo de Prometeu
Sou a poesia de Camões nunca pensada
Afinal, sou vã poesia, vão momento
Sou tudo aquilo que o poema é
Sou todo este corcel do pensamento
Que nasce de cada gesto, cada maré
Sou esta vida, este ciúme, esta lenha
Que ateia um fogo que em mim se perde
Sou mais tudo aquilo que ainda venha
Eterna mágoa que nasce da minha sede.
domingo, 19 de outubro de 2008
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