Eu quero ter
Eternamente este segredo
Que juntou as nossas mãos
Linha a linha, dedo a dedo
Eu quero ver
E adivinhar as ratoeiras
Espalhadas no caminho
Insinuantes traiçoeiras
Eu quero ter
A cega e surda resistência
Que impede os nossos olhos
De perderem inocência
Eu quero estar
Para além da multidão inquieta
E afastá-la do cupido
Que nos aponta uma seta
Eu quero apenas
Ler no céu do meu país
Que conquistei o teu amor
E o meu direito a ser feliz
Eu quero dar
À nossa vida a dimensão
Dum sorriso de criança
Dum discurso de Platão
Eu quero estar
Em sintonia permanente
Quando fazemos amor
No nosso quarto crescente
Eu quero ter
À nossa porta um Deus antigo
Que nos guarde no seu reino
E nos proteja do perigo.
Ana Zanatti
sábado, 25 de outubro de 2008
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