sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Uma Vez Que Seja

Tu que navegas ao sabor do vento
Sem outra rota que o que se deseja
Tu que tens por mapa o fimamento
Vem descobrir-me, uma vez que seja

E diz-me das viagens que não faço
Dos mundos cintilantes que antevejo
E traz-me mares de mel no teu abraço
Poeira de ouro velho no teu beijo

De ti não espero amarras nem promessas
É livre que te quero neste cais
Até que um dia em mim não amanheças
E te faças ao mar uma vez mais...

E mesmo nessa hora de perder-te
Sabendo que a magia se desfez
Terá valido a pena conhecer-te
E deslumbrar-me ao menos uma vez.

Ana Vidal

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