sábado, 29 de novembro de 2008

Luar No Teu Corpo

Viemos desse tempo tão antigo
Entre esse mar das mãos que tu me dás
As ondas desse mar, por meu castigo,
Ficam presas no vento se não estás

Só posso ordenar aos meus sentidos
O tempo desse tempo que não esqueço
Ao lembrar os caminhos proibidos
Nas luas do teu corpo onde amanheço

Naquela estrela onde o sol se deita
Cabia tão perfeito o nosso espaço
Na janela do meu peito fico á espreita
Entre a vidraça aberta do cansaço

Das lágrimas que chorei eu fiz um mar
De oceanos de tristeza e alegria
Amei por entre as noites e o luar
Que ao nosso lado, amor, também dormia.


José Luís Gordo

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