Aqui, em Portugal, donde partiste
No tempo da coragem de lutar
Em cada terra os ventos te murmuram
E as cartas da ausência te procuram
Para que venhas ver o teu lugar
Há um banco debaixo da videira
Que espreita a sombra que outra sombra dera
E há um rio a contar á sua margem
Que te chama do longe da viagem
Pois sempre que tu vens é Primavera
Ficou no cais do céu um lenço branco
Ou numa estrada a curva do horizonte
E uns olhos de mulher contam as horas
Nos pinheiros que sentem que demoras
Nas silvas do caminho ao pé da fonte
Vem ter aquela estrela que deixaste
E essa roseira no jardim que espera
E traz os filhos que te são raíz
Para que sintam o sol do seu país
Pois sempre que tu vens é Primavera.
Vem guardar o tempo na cidade que te espera
Guardar o sol e o mar no vento da amizade
Pois sempre que tu vens é Primavera.
Vasco de Lima Couto
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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