Porta aberta a quem bater
Quem mo havia de dizer
Que isso seria verdade
Esse teu corpo sonhado
O teu corpo bem-amado
Aberto a toda a cidade
Braço dado com a aventura
Vais de rua a outra rua
Em busca doutros amores
És de todos, de ninguém,
És a imagem de quem
Vende um punhado de flores
E dizer que te quis tanto
Que foste todo o encanto
Todo o sol do meu jardim
Quem sabe como eu te quis
Sabe bem que em ti perdi
Mais de metade de mim.
António Calém
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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