Guarda-me a vida na mão
Guarda-me os olhos nos teus
Dentro desta solidão
Nem há presença de Deus
Como a queda dum sorriso
P'lo canto triste da boca
Neste vazio impreciso
Só a loucura me toca
Esperei por ti todas as horas
Frágil sombra olhando o cais
Mas mais triste que as demoras
É saber que não vens mais
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Desculpa de não ser como tu queres
De ser o lado errado entre nós
Aperta-me em teus braços de mulher
Disse-te eu num soluço quase voz
Desculpa não ser mais p'ra te oferecer
No tudo que te dou e que é tão pouco
Repousa-me em teus braços de mulher
Disse-te eu num tom velado e rouco
Desculpa a pequenez que me apequena
Aos teus olhos adultos penetrantes
Acolhe com piedade a alma enferma
Disse-te à flor duns lábios delirantes
Desculpa por te olhar aquém do pranto
Que dos meus olhos corre ao estarmos sós
Desculpa por ainda te amar tanto
Disse-te eu num soluço quase voz.
Jorge Fernando
domingo, 28 de setembro de 2008
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