Abre a madrugada nos meus olhos
para ver se esqueço que a noite habita
em meu corpo.
Dá-me de beber do copo da loucura
para ver se não me lembro do licor
que corre em mim.
Sou o estranho sabor da amêndoa amarga
que fica esquecida numa garrafa
em cima da mesa de um bar.
A saudade percorre a memória
como se fosse o cavalo à solta
que vive no nosso pensamento.
Sou a estranha força das marés
que não encontram rochas onde bater
mas têm sempre o acidente à vista.
Fechem as cortinas, encerrem os palcos
ninguém mais passa para este palco
apaguem as luzes.
Silêncio.
Quero ouvir a noite.
sábado, 30 de agosto de 2008
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