Quando te apressas
E me confessas
Que está na hora,
Eu não te digo
Que é um castigo
Ver-te ir embora
Finjo que a dor
Que sei de cor
Pouco me importa
Mas, mal me deixas,
Sinto que fechas
Para sempre a porta
Vem, não te atrases
O que fazes
Sem mim, a esta hora?
Volta para os meus braços,
Eu já esperei demais
Vem, não te atrases,
Eu perdoo-te a demora
Se morares nos meus abraços
E nunca mais me deixares
Quando tu partes,
Faltam-me as artes
Para te prender
Mas, se não estás,
Não sou capaz
De adormecer
Acendo estrelas
Pelas janelas
Da casa fria
Mas, se não chegas,
Sinto-me às cegas
Até ser dia.
Maria do Rosário Pedreira
domingo, 28 de dezembro de 2008
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