No gesto suspensivo de um sobreiro,
o enforcado.
Badalo que ninguém ouve,
espantalho que ninguém vê,
suas botas recusam o chão que o rejeitou.
Dele sobra o cajado.
Alexandre O'Neill
Ali está o corpo esquecido
como viveu...
Suspenso á terra
como se fosse uma marionete
que alguém esqueceu de manipular
Os corvos já lhe comem os olhos
e a boca já foi mais vermelha,
agora tem apenas a cor pálida
de uma cor que já não existe
As formigas olham para o corpo
e têm gula...
Chora o mundo
pela morte de um homem.
domingo, 7 de dezembro de 2008
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