Já sei que hoje vai ser um dia estranho
Não sei como entender pequenos nadas
O amor não dá para saber o tamanho
Nem quando nos faz ver coisas erradas
Já sei que hoje vai ser um dia longo
Atreves-me um adeus quase obrigado
Despedes-te à mercê dum só ditongo
Na evasiva questão dum ser zangado
Já sei que hoje vai ser um dia errado
Dos que se alongam sem nunca acabar
E a mágoa no meu peito magoado
Apaga-me o desejo de voltar
Porque é que à noite a sós cumpro o castigo
Que a pouco se resume o meu amor
Entre o querer e não querer baixinho digo
Apaga a luz do quarto por favor...
Jorge Fernando
sábado, 14 de março de 2009
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