terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lençóis de Lua

Amar-te,
Não pode, somente, ser um gesto vago
Tão pouco beber-te, demente,
Apenas num trago
Amar-te
É ter a alma, a voz, só por este prazer
De junto de ti, saber ser mulher

Com lençóis de lua
Abro a minha cama
E entrego-me nua,
Só, como quem ama
Com lençóis de lua,
Hora madrugada,
Abraço o teu corpo
Não preciso de mais nada

Amar-te,
É esse desejo, aceso na alma,
A fome maior, dum teu beijo,
Que nunca se acalma
Amar-te
É ter, em cada manhã, teus olhos nos meus
Dizer-te até logo e nunca um adeus.

Mário Raínho para a voz de
Maria Armanda

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