domingo, 25 de outubro de 2009

O Tempo Não Perdoa

Quero perder-me de mim
E pensar que foi assim:
A vida num só momento
Perder-me pelo trivial
Por tudo aquilo que é banal
E se esconde no sentimento

Quero fugir do que fui
Encontrar o que serei
Ter a coroa da felicidade
E depois encontrarei
Por sombras que já nem sei
A minha manta de saudade

Quero encontrar o que perdi
O que jaz morto mesmo aqui
Nestes pés que pisam o vento
E por entre a velha lembrança
Lembrar ainda a criança
Que se perdeu sem intento

Encontrar as memórias
São apenas velhas histórias
De quem já não tem o que contar
E depois chora sozinho
Pois o homem já foi menino
E o tempo não lhe pode perdoar.

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