quarta-feira, 22 de abril de 2009

Uma e Trinta e Sete

O corpo ao meu lado, como se fosse
o primeiro corpo alguma vez tocado, talvez
como se fosses Eva e ainda existisse um paraíso
por encontrar...por vezes o paraíso está tão perto,
fica à distância de alguns quilómetros e dentro
de nós já arde o desejo daquilo que vamos encontrar;
o teu sorriso, o teu andar, a maneira como a familiaridade
se torna divina, como se tocar-te fosse agarrar uma estrela
e fazer dela aquilo que eu quiser

Sabes que por vezes sinto o teu cheiro, como
se vivessemos numa floresta e precisasse de seguir
o teu rasto (preciso desse cheiro,
tal como preciso de ti e daquilo que temos, dos segredos
que nunca ninguém vai ouvir, sem ser a noite, que é velha alcoviteira
de palavras perdidas)

No dia em que me perder sei que me vou encontrar
em ti, e quando decidires que tudo isto já foi
chão que deu uvas eu vou continuar a ser a árvore
que um dia deu fruto em ti (em nós); o que eu
sou capaz agora...talvez nada, talvez isto não seja
ilusão e a única coisa concreta sejas tu...

que continue a ser assim,
quanto a mim, sabes que vou
continuar a andar por aqui
a bater-te à porta.

1 comentário:

Teresa Raquel disse...

Seja para quem for isto, (Que nem precisa ser para ninguém em especial, basta ser!) A conbinação das tuas palavras soa como música eterna... Não te cansas de ser EXTREMAMENTE SENSÍVEL E ARTISTA???????? AIIIIIIIII =P