dá-me as tuas mãos de carmim
flores feitas para mim
pelo toque de qualquer deus
e eu choro na soleira
de uma porta sem ombreira
choro pelos pecados meus
a criança está perdida
chora dores da sua vida
a mágoa que o peito sente
a tristeza está guardada
numa mão sempre fechada
para quem na verdade mente
nao vês que a dor
é algo que se sente
quando a cabeça
ao peito mente
não vês que a paixão
é uma condição
para quem nasceu
com deus na mão
esquece as flores no teu regaço
volta-me a dar o abraço
que aquece as noites frias
eu faço um poema para ti
com as minhas mãos de carmim
luvas que eu tenho e que tu tinhas
escondo os dedos no meu corpo
afago o beijo morto
que existe na cara da morte
e tento rir do meu destino
aquele, que desde menino
faz-me pensar na sorte
não vês os meus olhos
choram a doce mágoa
que vai num rio
de lodo, sem água
não vês nas estrelas
as mais cintilantes
as noites mais belas
dos amantes
domingo, 1 de novembro de 2009
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