pelo fumo do teu cigarro
escorre as veias de uma canção
feita da paixão sem ancestrais
que os quatro pontos cardeais
constroem ao toque da tua mão
pelo fumo do teu cigarro
há o sebastianismo escondido
e todo o mito feito verdade
como se as penas da saudade
fossem apenas as dores do infinito
pelo fumo do teu cigarro
há o universo desconstruído
o silêncio das catedrais
o rugir dos ferozes animais
que se escondem sem ruído
pelo fumo do teu cigarro
há deuses da matança
que comem sonhos desfeitos
desferem golpes a peitos
já cansados de serem criança
pelo fumo do teu cigarro
há tudo aquilo em que acredito
e na beata que deitas fora
o soluçar de uma nova aurora
é um raiar de sol do meu peito aflito.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
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