sábado, 14 de novembro de 2009

No Ventre Deste Poema

há um destino no fado
que nunca foi encontrado
em cantar a saudade permanente
que tem aquele que sente
a vida agarrada à morte

todo o destino é traçado
escrito em frases, bem marcado
em cada linha de fado
que nasce da mão dos poetas

e há quem tenha estrelas nos dedos
quem desvende os segredos
daqueles que transportam na alma
a calma ambígua que é viver

e há quem tenha medo da morte
cuspa na cara da sorte
por pensar que a vida tem a
exacta medida de uma equação

no fim, ficam as rosas
as únicas que contam a história
de um grande amor por viver
mas que já começou a crescer
no ventre deste poema.

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