Despes a mágoa perante o corpo nu
E alguém te olha da varanda
Não reparas que esse alguém és tu
A quem a mágoa sempre levanta
E a dor que tinhas em ti contida
Esbraceja do corpo já usado
Liberta os grilhões e grita à vida
Alguém há-de ouvir-te no outro lado
E procura um sinal, um contratempo
Procura tudo o que está numa quimera
Talvez no infinito de um momento
Vejas as estações à tua espera
E sê a folha viva, outrora morta
Grita por entre o vento e a lembrança
E vais ver que se há-de abrir a porta
Para aquela que foi a nossa velha infância.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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