com o som das folhas caídas,
levadas p'lo vendaval,
surgirá um novo Outono,
meu vago e manso final
vou dar à terra primeiro
as brancas mãos cor de cera
e ao vento caminheiro
dar os meus cabelos de hera
e os meus segredos de amor
vou dá-los à Primavera
tristes são meus olhos tristes
vou levá-los ao mercado
das fantasias desfeitas
onde mos tinham criado
deixo à alma os meus tormentos
p'ra que os apague nas ondas
deixo ao vento os sofrimentos
dum caminho de mil rondas
com o som das folhas caídas
arrastadas pelo vento
será criado outro fado
livre das grades do tempo.
António Feijó Teixeira
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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