terça-feira, 10 de agosto de 2010

Os corpos
que dançam ao ritmo da canção
entregam-se à dor sem ambição
à doce história do amor

As mãos
erguem-se em vão para o céu
e a paixão não morreu
porque ainda existe em nós

E as palavras
hoje são apenas as mágoas
que não levadas pelas águas
persistem na nossa história

Memória
que fica
que perdura
e não vai embora
o que será
de nós agora?
o que será de mim?

E a teia
que a vida tece à nossa volta
é como uma estrada sem rota
que já não sabe de onde partiu

Este rio
feito das dores mais antigas
que não desaparecem em cantigas
que escrevo para ti agora.

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