e a madrugada abriu-se ao dia.
o frio gelava os ossos e a fria manhã anunciava-se com chuva.
talvez que algumas daquelas gotas fossem as lágrimas que não me saíam pelos olhos.
remexi nas lembranças do que fui, do que sou e do que irei ser, e não consegui receber a luz de um sol que não existia.
o dia chorava por mim, compreendia o abandono de que às vezes somos feitos.
o passar do tempo marca-nos e faz-nos desaparecer aos poucos.
sinto-me consumido pelo tempo, como se tentasse ser uma chama que é constantemente apagada.
não sei para que lado sopra o vento e só sei os lados para os quais não quero ir.
continuo no caminho mas procuro atalhos, algum caminho novo, por onde possa andar sem preocupações.
canto para dentro, canto ao som de guitarras que não me saem da mente.
não sei é a letra do que canto.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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