quis fazer do amor um charro
quis que ardesse em minha posse
mas fumado não o agarro
talvez fosse do cigarro:
fez-me tosse, fez-me tosse
e um dia que estava só,
tão só que não vou contá-lo,
só sei que metia dó,
quis o amor desfeito em pó
e pus-me então a snifá-lo
noutra noite vil de luto
após triste despedida
preparei um crack em bruto
e do amor levei um chuto
que me deu cabo da vida
e o meu ser assim se joga
numa contínua desordem
pobre amor, em mim és droga,
que me pedra e perde e afoga,
não me acordem, não me acordem.
Vasco Graça Moura
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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