As saudades que tenho do futuro
já me trespassam o corpo, o sentir
do espanador, o pano sempre pronto
a trabalhar, a morte sempre à espreita,
o sangue servido em copos e bebido
até à última gota
As saudades do futuro vão-se
transformando em presságios de
acontecimentos, em chocolates cobertos
de naftalina, vestidos da Senhora
cheios de buracos feitos pelas traças
As saudades do futuro bebem um chá
que cheira a incenso e traz com ele o
aroma das madrugadas em que nos vemos
à janela...talvez que esta seja a noite
em que alguém vai dar pela nossa presença
Saudades do futuro e tudo transformado
para que da nossa noite nasça um novo dia,
onde o sol desponta na nossa cara e onde
a lua espera para nos fazer a cama
Lençóis de vento
e camas de palha...
de tudo as criadas fazem uso.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
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