Sentei-me ao lado do tempo
num eléctrico amarelo
senti-me um rei em viagem
sobre rodas num castelo
Da janela os jardins
eram Legos fabulosos
Com faunos e arlequins
e arcanjos preguiçosos
Uma voz disse cordata
"O bilhete por favor"
Pareceu-me que era de prata
o alicate do revisor
Depois tudo se sumia
ao chegar ao meu destino
o passageiro crescia
e deixava de ser menino
Não vi o tempo ao meu lado
nem dei por ele descer
ia no passeio apressado
rumo áquilo que vou ser
Lá vai o eléctrico lá vai
é bonita essa aguarela
menino ao colo do pai
dizendo adeus à janela.
Carlos Tê
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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