sábado, 7 de fevereiro de 2009

A Utilidade das Mãos

Não tenho vontade de prender nada na minha mão, nasci para a ter livre tal como eu, aberta a tudo aquilo que faça sentido estar nela e apenas fechá-la quando algo me está a escapar. Não gosto da sensação de alguma coisa me estar a cair pelos dedos, tenho logo um forte impulso de agarrá-la e tentar mantê-la durante tempo incerto, embora isso nem sempre seja o justo. As mãos não foram feitas para estarem agrilhoadas, são pequenos compêndios de sonhos, é delas que nasce o mundo e é onde se constrói aquilo que é realmente essencial...e banal, até. Eu explico-me com as mãos, não as consigo ter junto ao corpo como se fossem uma coisa morta que para ali está, não! São fundamentais em mim, explicam aquilo que eu não sei dizer, o mínimo gesto pode querer dizer tanto e apenas não ter palavras para se explicar...tudo isto é estranho mas tão verdadeiro como a vida fazer sentido. Não sei que grande utilidade têm as mãos do mundo mas sei que as minhas vão para onde eu quero e fazem aquilo que me apetecer, é como eu faço com a minha vida...

1 comentário:

Marta Queiroz disse...

"Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz."

(...)

"De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."

(escuso de dizer o autor.)