terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dúvidas

Agarrei as ilusões e deitei-as pela janela fora. Baixei os braços na certeza de algum dia poder voltar a levantá-los e ter crescido mais alguns centímetros (talvez até possa tocar no céu). Para quê este corpo feito de outros corpos? Para quê esta voz feita de tantas vozes? Já nem sei onde fiquei no meio de personagens que se colam ao corpo por tempo indefinido e vão ficando...ficando...não se pode negar a morada a um morto. Talvez algum dia a voz rouca transforme-se na tal voz de cristal que se encontra no mais fundo que temos de nós, até lá terei apenas esta voz que me acompanha diariamente com os seus caprichos.

1 comentário:

. disse...

Realmente seus dizeres trazem grandes reflexões..
e estas que nos fazem acreditar na vida..
abraçss