sábado, 14 de março de 2009

Dia Estranho

Já sei que hoje vai ser um dia estranho
Não sei como entender pequenos nadas
O amor não dá para saber o tamanho
Nem quando nos faz ver coisas erradas

Já sei que hoje vai ser um dia longo
Atreves-me um adeus quase obrigado
Despedes-te à mercê dum só ditongo
Na evasiva questão dum ser zangado

Já sei que hoje vai ser um dia errado
Dos que se alongam sem nunca acabar
E a mágoa no meu peito magoado
Apaga-me o desejo de voltar

Porque é que à noite a sós cumpro o castigo
Que a pouco se resume o meu amor
Entre o querer e não querer baixinho digo
Apaga a luz do quarto por favor...

Jorge Fernando

Sem comentários: